São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 1995 |
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Líder sem-terra contesta versão da PM
GEORGE ALONSO
Neto rebate assim a declaração feita ontem pelo ex-comandante da PM, o coronel Wellington de Barros Silva, de que a polícia começou a cercar o acampamento às 4h e só chegou ao local às 5h45, no amanhecer do dia 9. O cumprimento de ordem judicial à noite é inconstitucional. Em relatório confidencial feito pelo ex-comandante da PM e enviado ao governador Valdir Raupp (PMDB), o coronel afirma que, "às 4h, foi determinado o cerco e a progressão no terreno". "Ó massacre foi à noite. A tropa estava perto do acampamento, dentro da fazenda, distante uns quinze minutos. Vieram pela frente, na trilha que dá direto no acampamento, e por trás, onde tiveram mais dificuldade porque a área estava desmatada e cheia de madeira", disse Neto. Segundo ele, os sem-terra, por suspeitar que haveria ação noturna, tinham vigias que alertaram sobre o avanço da tropa de 187 PMs -dos quais 49 eram da Companhia de Operações Especiais (COE), batalhão de elite que normalmente não é chamado para esse tipo de conflito. Texto Anterior: FHC só ouve conselho ``às vezes", diz Ruth Próximo Texto: Ossos são enviados à Unicamp Índice |
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