São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 1995
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Cresce `golpe do cheque' nas lojas

MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

O volume de cheques tidos como roubados cresceu 27,7% de junho para julho em todo o país. Essa tendência se mantém neste mês.
A informação é da Teledata, especializada em garantir os cheques recebidos pelo comércio, indústria e setor de serviços.
Motivo: o cheque foi sustado pelo dono da conta, que alegou ter tido seu talão roubado.
Nos primeiros 15 dias deste mês, a participação dos cheques roubados no total de garantidos chegou a 0,84% no país. Só em São Paulo, a fatia dos cheques roubados foi de 1,09%.
``O percentual de cheques roubados, em relação ao total de garantidos, está hoje muito acima da média histórica", diz Deolinda Victória, gerente da empresa.
Nos anos 90, a média histórica de cheques roubados no total de garantidos pela empresa girou em torno de 0,50%.
A maior frequência com que vem sendo aplicado na praça o ``golpe do cheque roubado" estaria, segundo Deolinda, fazendo crescer esse tipo de cheque no total das estatísticas da sua empresa.
É que não é possível separar o que realmente é roubo do que é o ``golpe do cheque roubado".
No ``golpe do cheque roubado", o dono da conta bancária emite e susta o próprio cheque.
Para suspender o pagamento, o golpista alega que teve o talão roubado ou extraviado. O objetivo é ganhar tempo para quitar a dívida e até mesmo não pagar a compra.
LEIA MAIS
sobre cheques roubados à pág. 2-10

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