São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995
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Morte de Vanessa não será explicada

DA REPORTAGEM LOCAL

O laudo sobre a morte de Vanessa dos Santos Silva, 7, uma das vítimas do conflito de Corumbiara, não permitirá a identificação do autor do disparo.
A opinião é do legista Wilmes Teixeira, professor da Universidade de Mogi das Cruzes (SP). A bala que matou Vanessa atravessou seu corpo (não ficou alojada). Sem ela, é impossível identificar a arma que fez o disparo, afirma.
"Não há como saber se o tiro foi dado por um policial militar ou por um sem-terra", afirma.
As características do ferimento não são determinadas somente pelo calibre da bala, acrescenta. Isso significa que uma bala de pequeno calibre pode causar um ferimento grande e vice-versa.
Teixeira critica o fato de Vanessa e suas roupas terem sido lavadas antes do exame.
A existência de pólvora e vestígios de fumaça nas roupas permitiriam, segundo ele, dizer se o disparo foi dado a curta distância (menos de 30 centímetros).

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