São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995
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Decadência vem da 2ª Guerra

PAULO ALVES
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Único país latino do Leste Europeu, a hoje precária Romênia já foi cobiçada por migrantes vizinhos até os anos 30.
Com território de 237,5 mil km2, tinha agricultura pujante, belas paisagens e um padrão de vida melhor que o das vizinhas Polônia, Bulgária, República Tcheca, Ucrânia, Iugoslávia e Hungria.
A decadência começou em 1941, quando militares fascistas romenos tomaram o poder e entraram na Segunda Guerra Mundial como aliados dos nazistas.
Expulsos pelos soviéticos em 44, os nazistas pilharam valiosos tesouros artísticos e destruíram o que não conseguiram levar.
Nas mãos das tropas de Josef Stálin (1879-1953), a Romênia passou a ser vista como pró-nazista. O país sofreu a ira dos comunistas. O que os alemães não conseguiram destruir ficou a cargo dos soviéticos.
Para concluir a tragédia, o país amargou 24 anos de uma ditadura tirânica do clã dos Ceasescu, cujo líder Nicolae chegou ao poder em 1964, impôs o terror e implantou uma política de equívocos.
O resultado foi a fome e a revolta dos 24 milhões de romenos. Em dezembro de 89, mais de 1 milhão de pessoas saíram às ruas de Bucareste em direção à Casa da República, sede do governo.
Cerca de 100 mil civis morreram nos combates com as forças do governo. A família de Ceausescu e seus aliados acabaram fuzilados na noite de Natal. Ion Iliescu, no poder desde então, foi reeleito em 92 por falta de opção.

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