São Paulo, sexta-feira, 25 de agosto de 1995
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À MARGEM DA INTERVENÇÃO NO BANCO ECONÔMICO

MÁRIO HENRIQUE SIMONSEN

Chama a atenção para a "comédia de erros" do governo no episódio da intervenção no Banco Econômico. Considera a intervenção "um absurdo contundente". Acha que o Banco Central tem "responsabilidade por omissão" no caso, pois os problemas do Econômico "tornaram-se notórios há pelo menos vários meses". "A autoridade monetária não pode comportar-se como o médico cuja única responsabilidade é assinar atestados de óbito", diz. Simonsen afirma que, a exemplo do Banespa e Banerj, o BC deveria ter decretado o regime de administração especial temporária no Econômico. Seria uma forma de evitar o bloqueio dos recursos dos correntistas e aplicadores. Lembra que, "até agora, o Banco Central só aplicou o regime em questão a bancos estaduais". Com isso, o BC pratica, segundo Simonsen, "uma discriminação inadmissível entre depositantes de bancos públicos e privados".

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