São Paulo, sexta-feira, 25 de agosto de 1995 |
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Organização de evento da ONU é criticada
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS As primeiras delegadas de dois eventos sobre a mulher que acontecerão na China chegaram ao país e descobriram que os alojamentos para elas não estavam prontos, que não existia programação de atividades e que as pessoas que iriam recebê-las no aeroporto não estavam lá.Na quarta-feira, dia 30 de agosto, começa em Huairou (a 56 km de Pequim) o Fórum das Organizações Não-Governamentais, que deve ir até o dia 8 de setembro. A ONU promove, de 4 a 15 de setembro, em Pequim, a 4ª Conferência Mundial da Mulher. Um grupo de 40 delegadas argentinas teve que esperar três horas para ser recebido. Depois de chegar a Huairou, o grupo descobriu que o prédio no qual seria alojado não estava pronto. Elas foram levadas pela organização do evento para uma pensão, onde vão ficar por alguns dias. Várias ONGs cancelaram sua viagem à China por não conseguir visto para o país. Os grupos ainda não tinham recebido confirmação de reserva de hotéis chineses, exigida pelo governo do país. Muitos chineses descrevem a situação em Pequim como ``caótica". Eles esperam confusão no trânsito e conduta desordenada das cerca de 40 mil estrangeiras. Em Wuxi (leste), um casal de dissidentes chineses foi preso. A polícia suspeita que eles queiram participar da conferência da ONU. Ding Zilin e seu marido, Jiang Peikun, foram acusados de irregularidades econômicas. Os dois são professores da Universidade de Pequim e pais de um estudante de 17 anos morto durante protesto na praça da Paz Celestial, em 4 de junho de 1989. Uma mensagem da líder da oposição em Myanma (ex-Birmânia), Aung San Suu Kyi, Prêmio Nobel da Paz em 1991, será mostrada durante o Fórum das ONGs. Ela foi posta em liberdade em 10 de julho, após seis anos presa. O papa João Paulo 2º nomeou uma mulher para chefiar a delegação do Vaticano na conferência da ONU. Mary Ann Glendon, contrária ao aborto, chefiará oito homens e doze mulheres. A parlamentar de Taiwan Annette Lu condenou a China por negar a ela visto para a conferência. Segundo ela, o visto foi negado porque ela é contrária ao regime comunista chinês. Texto Anterior: EUA hesitam sobre viagem de Hillary Próximo Texto: Pobreza será tema, diz Ruth Índice |
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