São Paulo, domingo, 27 de agosto de 1995
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Rombo é um dos cinco maiores

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O rombo do Econômico será um dos cinco maiores já incluídos na contabilidade do Banco Central, a não ser que apareçam compradores dispostos a ter prejuízos.
O buraco de R$ 3,3 bilhões do banco só tem comparação, na história recente do país, com os dos grupos Comind e Auxiliar e o do Banco Sulbrasileiro, hoje estatizado com o nome de Meridional.
Diferentemente do que ocorreu com esses outros bancos, o Econômico, ao sofrer intervenção, não tinha operações importantes com o resto do mercado. Nos meses anteriores à intervenção, o banco baiano só conseguia dinheiro de um parceiro: o BC.
Com isso, o banco acabou acumulando uma posição negativa na sua conta reserva bancária, uma espécie de conta corrente que todos os bancos têm junto ao BC. Ou seja, o Econômico deve R$ 3,3 bilhões no cheque especial.
Se houver mesmo a liquidação, o BC estima poder recuperar, após vender todos os bens e créditos do banco e pagar os credores preferenciais, algo entre R$ 1 bilhão e R$ 1,3 bilhão.
O prejuízo, porém, será maior quanto mais durar a intervenção. O BC ainda não sabe se o Econômico tem dinheiro para pagar seus funcionários, o que deverá consumir R$ 50 milhões mensais. Nesse caso, o BC terá que tirar os recursos do próprio bolso.
À exceção do Banespa e do Banerj, o Econômico é a maior das 122 instituições financeiras hoje sob administração do BC.

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