São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 1995
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Ônibus e metrô prometem reforçar serviço

DA REPORTAGEM LOCAL

A São Paulo Transportes, empresa que gerencia os ônibus da cidade, vai aumentar em mil ônibus a frota em circulação, entre 8h e 16h, nesta semana de rodízio antipoluição.
O Metrô afirma não ter como aumentar a frota no horário de pico, mas vai ampliar esse horário.
Assim, em vez de colocar em operação o número máximo de trens entre 7h e 9h e entre 17h e 19h, a empresa vai colocá-los a partir das 6h30 e das 16h30.
Os mil ônibus a mais vão se somar aos 8.000 que atendem a cidade fora dos horários de pico, diminuindo o intervalo entre as partidas dos veículos.
Nos horários de pico da manhã (das 4h às 8h) e da tarde (das 16h às 20h), 11 mil ônibus circulam na cidade. Dependendo do resultado de hoje, outros 800 ônibus podem ser colocados nas ruas para reforçar a frota.
Os ônibus alternativos (os antigos clandestinos regularizados) também devem aumentar a frota na rua. Hoje, mil desses ônibus são autorizados a circular. Nos dias de rodízio, mais 400 ônibus devem circular.
O ônibus foi o meio de transporte escolhido pela maioria das pessoas que pretendem aderir ao rodízio de carros.
Segundo pesquisa do Datafolha, 75% dos entrevistados devem trocar o carro pelo ônibus no dia em que tiverem que deixar o veículo em casa.
O metrô é a alternativa escolhida por 39% dos entrevistados que respeitarão o rodízio, seguido pelos que dizem que vão andar a pé (10%) e pelos que vão pegar táxi (6%) e dos que pretendem andar de carona com amigos (4%).
A prefeitura resolveu também liberar a utilização de carros particulares como lotação nesta semana de rodízio.
A preocupação é que o sistema tradicional de transporte coletivo não consiga absorver todas as pessoas que decidam deixar o carro em casa por causa do rodízio.
Ônibus e metro já andam no limite de sua capacidade e qualquer aumento no número de passageiros significa superlotação e maior tempo de espera em pontos e estações.

Campanha
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente distribuiu 3 milhões de folhetos, 3 milhões de filipetas e 1 milhão de jornais com quatro páginas para anunciar o rodízio.
Além disso, fixou faixas em 50 postos de gasolina, produziu publicidade para ser veiculada em 15 rádios, filme para ser exibido em 84 cinemas antes das sessões e gravações de telemarketing com artistas apoiando a campanha. Serão 100 mil ligações telefônicas.
O Estado não teve gastos com a campanha, que foi patrocinada por diversas empresas privadas.

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