São Paulo, terça-feira, 29 de agosto de 1995 |
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Arquivo transforma história em lixo
ELVIS CESAR BONASSA; FERNANDO ROSSETTI
Instalado em um prédio da década de 30, o arquivo é hoje uma caricatura. Há estantes cobertas por plásticos para proteger documentos do século 17 contra goteiras, acervos de livros empacotados em caixotes de papelão, rachaduras nas paredes e no assoalho. Pelo menos 30% das 10 mil caixas metálicas com documentos da época colonial e do império estão envenenadas: foram ``tratadas" com BHC em pó nos anos 50. Até hoje, o veneno forma camadas brancas no fundo das caixas, que só podem ser manuseadas com luvas e protetores para boca e nariz. Na sexta-feira, aos 153 anos, o arquivo pode fechar: termina o contrato dos últimos 34 funcionários, entre 80 que havia até 1994. Eles foram demitidos por ordem do governador Mário Covas, que extinguiu o Baneser (empresa que fornecia pessoal para o governo). Sem funcionários e já há três meses sem nenhum centavo, o arquivo não terá como continuar aberto. LEIA MAIS sobre o Arquivo do Estado à pág. 5-3 Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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