São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 1995 |
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Compulsório é negociável
VALDO CRUZ; ANDRÉ LAHÓZ
Em conversa com jornalistas, Malan disse que ``não é algo absolutamente essencial", ao comentar as reações manifestadas até mesmo pelos parlamentares governistas contra os dois pontos. O ministro insistiu em que a proposta não foi enviada na forma de medida provisória e, por isso, tem de ser negociada com os parlamentares. ``O Congresso é soberano. Se o Congresso houver por bem alterar, que seja assim." À noite, Malan se reuniria com líderes governistas para discutir o assunto. Eles querem que o governo retire os dois pontos da proposta que já está tramitando no Congresso Nacional. Convocada para divulgar as mudanças no Imposto de Renda das empresas, a entrevista serviu para que Malan, Nelson Jobim (Justiça) e José Serra (Planejamento) defendessem o compulsório (para conter o consumo) e a quebra do sigilo bancário. Juros O ministro da Fazenda disse que, se o empréstimo compulsório já existisse em 94, o governo não precisaria ter usado de forma excessiva a política de juros altos e contenção de crédito para segurar a inflação. Ou seja, poderia ter criado um empréstimo compulsório para reduzir o poder aquisitivo da população e conter, com isso, o consumo, não permitindo que a inflação subisse. Jobim procurou mostrar que a emenda apenas permite a criação do empréstimo compulsório. Se decidir criá-lo, isso teria de ser feito por meio de um projeto de lei ordinária, destacou Jobim. Sobre a quebra do sigilo bancário, o ministro da Justiça disse que ele é ``vital" para que a Receita possa fazer fiscalizações, principalmente de operações de lavagem de dinheiro e do narcotráfico. (Valdo Cruz e André Lahóz) Texto Anterior: Estados fazem crítica ao projeto governista Próximo Texto: Pessoa física perderá correção Índice |
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