São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 1995
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Associações médicas do país vão eleger novas diretorias amanhã

DA REPORTAGEM LOCAL

Médicos de todo o país elegem amanhã as novas diretorias das associações estaduais e da AMB (Associação Médica Brasileira). Em São Paulo, 24 mil médicos escolhem a direção da Associação Paulista de Medicina (APM).
Pela primeira vez, os dois candidatos dizem ser oposição à atual diretoria. De um lado está o hematologista Celso Guerra, 54, professor da Universidade Federal de São Paulo, ex-presidente por duas gestões da APM e membro da atual diretoria.
``O PAS não está inserido dentro da uma política nacional de saúde e os médicos não foram consultados pela prefeitura", afirma Guerra. Paiva diz que o PAS será uma ``falsa cooperativa com grandes chances de cair nas mãos das empresas de medicina".
Segundo Paiva, a APM hoje ``está isolada dos médicos e de outras associações que representam a sociedade civil". Na sua opinião, o ``outro candidato está há oito anos ligado à atual diretoria" e por isso também seria responsável pela situação existente.
``Somos oposição ao presidente atual", afirma Guerra. Ele defende mais recursos para a saúde e um aumento na tabela de honorários. ``Não dá para recuperar a imagem do médico se o atendimento não melhorar."
Paiva diz que entre suas prioridades também está a melhoria do ensino médico e a regulamentação dos planos de saúde. ``O paciente tem o direito de escolher seu médico em qualquer plano", afirma.
Os médicos também elegem amanhã a nova diretoria da AMB. Dois dos três candidatos fazem parte da atual diretoria.
O país tem cerca de 220 mil médicos, mas apenas 60 mil dos cerca de 160 mil associados à AMB poderão votar. Os outros 100 mil estão em atraso com suas mensalidades.

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