São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 1995
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Mafersa demite 600 funcionários em SP

DA REPORTAGEM LOCAL; DAS REGIONAIS

Empresa afirma não ter como pagar os direitos trabalhistas dos dispensados; sindicato contesta a decisão
A Mafersa anunciou ontem a demissão de 600 dos 900 funcionários que possui na unidade de São Paulo, que produz trens, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
A empresa, de acordo com ele, disse não ter dinheiro para pagar os direitos trabalhistas dos demitidos pois não há mais compradores para os vagões que produz.
A Mafersa foi a primeira empresa a ser privatizada pelo governo federal e foi comprada pela Refer, fundo de pensão da Rede Ferroviária Federal. Já em crise, a empresa foi revendida este ano para um clube de investimento dos seus próprios funcionários.
``A direção da Mafersa disse que não tem mais como tocar a empresa", afirmou Paulinho. Segundo ele, não há mais compradores para vagões de trens.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo declarou, no entanto, que não há como deixar 600 demitidos sem receber seus direitos trabalhistas. ``Vamos tentar negociar. Caso contrário, faremos uma acampamento na porta da empresa", afirmou.
A Phillips de Mauá, que fabrica lâmpadas, também anunciou ontem a demissão de 130 de seus 1.400 funcionários. A empresa informou que as demissões foram motivadas pelo desaquecimento do mercado de lâmpadas.
Já a Ford de São Bernardo admitiu ontem a possibilidade de novas férias coletivas em outubro.

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