São Paulo, sexta-feira, 1 de setembro de 1995
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Mostra de cinema começa hoje com épico histórico da China

SÉRGIO AUGUSTO
DA SUCURSAL DO RIO

A 7 Mostra Banco Nacional de Cinema, que começa hoje no Rio, tem vários filmes chineses, mas, para decepção dos cinéfilos mais descolados, nenhum da atual coqueluche nova-iorquina, Wong Kar-wai, o Quentin Tarantino de Hong Kong.
O primeiro da fila, "Concubina do Grande Conquistador" (Xi Chu Bawang), em três sessões no Art Fashion Mall 3, é um épico histórico sobre a luta entre três clãs para dominar a China, dois séculos antes de Cristo nascer. Só dá para acompanhar direito prestando atenção nas cores de cada dinastia. A Qi usa preto, a Chu vermelho e a Han amarelo.
Muitas batalhas, intrigas palacianas e sangue aos borbotões, por conta de 3 mil atores e outros tantos cavalos. Música tonitruante, imagens fortes. Gong Li é a concubina, mas desta vez, infelizmente, seu Pigmaleão Zhang Yimou atuou apenas como produtor-executivo de Stephen Shin, 44, cineasta de Hong Kong calibrado na oficina dos irmãos Shaw. Longo e dividido em duas partes, o filme é chato como estudar o Tratado de Tordesilhas.
Que tal um "road movie" tcheco, rodado na Boêmia? Esqueça. "A Carona", de Jan Sverák, com a top model Anna Geislerová e dois caras que também parecem estar fazendo anúncio de moda, é um "déjà vu" sobre rodas.

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