São Paulo, sábado, 2 de setembro de 1995
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Policiais de dois Estados buscam fugitivos

FÁBIO GUIBU; ARI CIPOLA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

ARI CIPOLA
Policiais civis e militares de Pernambuco e Alagoas tentavam até as 19h de ontem localizar os assaltantes que fugiram após o assalto frustrado a uma agência do Banco do Brasil de Garanhuns (230 km de Recife, PE).
Os assaltantes estavam mantendo como reféns, por mais de 27 horas, o gerente Marcelo José de Siqueira Campos Barros, 46, e o vigilante José Ernando Douglas dos Santos, 25.
Até as 19h, a polícia acreditava que o grupo estivesse escondido em Alagoas, próximo à divisa com Pernambuco. Na fuga, eles conseguiram furar um bloqueio policial montado na divisa.
A polícia de Alagoas contava com cerca de 200 homens na tentativa de localizar os fugitivos. A Secretário da Segurança de Alagoas informou no final da tarde que trabalhava com a informação de que os assaltantes haviam se separado durante a fuga.
Segundo o vice-governador de Alagoas, Manoel Gomes de Barros (PTB), o gerente do banco é primo do deputado federal Fernando Torres (PSDB-AL).
Uma pessoa que se identificou como um dos quatro fugitivos propôs à polícia a troca dos reféns pelos dois assaltantes presos na ação.
A proposta, feita por telefone às 22h, foi recusada. Nenhum outro contato foi feito até as 18h15 de ontem, segundo a Polícia Militar.
A tentativa de assalto ao banco ocorreu às 15h25 de anteontem. Sete homens invadiram a agência, armados com metralhadoras, fuzis AR-15 e granadas. A polícia foi alertada e houve troca de tiros.
Um policial e um assaltante morreram no confronto. Outro policial ficou ferido. Dois assaltantes foram presos.
O gerente e o vigia foram levados pelos quatro fugitivos num carro de polícia, abandonado na estrada e trocado por um Logus.
Ontem de manhã, dois homens foram encontrados baleados numa estrada próxima à divisa de Pernambuco com Alagoas, suposta rota de fuga dos assaltantes.
Um foi morto com três tiros na cabeça. O outro, com um tiro no olho e dois na cabeça, foi internado em estado grave.
Segundo a PM, as vítimas seriam dois dos fugitivos, mortos em suposta discussão motivada pelo fracasso do assalto.
"O acerto entre eles seria uma atitude comum, típica desses grupos", disse o major Antônio Neto.

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