São Paulo, sábado, 2 de setembro de 1995![]() |
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PFL sabota projeto sobre eleições de 96
DANIEL BRAMATTI
O presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), decidiu designar um "relator paralelo" para tentar derrubar a proposta original. Luís Eduardo e o líder do PFL na Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PE), pediram na quarta-feira ao deputado Vilmar Rocha (PFL-GO) que elabore um novo projeto. "Eles querem um texto mais sucinto e menos polêmico", disse Rocha. A Folha apurou que Luís Eduardo, adversário de Almeida na Bahia, não ficou satisfeito com o trabalho apresentado no início da semana. O pefelista comentou com parlamentares que o relator parecia ter elaborado a lei "pensando nas eleições na Bahia". Em parte, a irritação se deveu a um erro de interpretação. O projeto determina que só os candidatos a prefeito tenham acesso ao horário eleitoral gratuito. Segundo parlamentares, Luís Eduardo considerou que o dispositivo impediria seu pai, o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), de aparecer na TV para promover seus candidatos. Na quinta-feira, João Almeida foi à presidência da Câmara para tentar esclarecer o mal-entendido. "Somente os candidatos a vereador é que ficariam de fora do horário gratuito", afirmou. No mesmo dia, porém, Vilmar Rocha foi procurado no plenário. "Fui convocado. Não pedi para fazer o projeto", disse o deputado. Negociações O líder do PMDB na Câmara, Michel Temer (SP), não foi informado do convite a Rocha. Na noite de quinta-feira, ele disse que procuraria Luís Eduardo para pedir que o trabalho de Almeida fosse respeitado. Almeida disse ontem que ainda tem esperanças de que seu projeto seja adotado. "Ainda que muito contrariado, estou disposto a ceder e a negociar", afirmou. O projeto alternativo de Rocha só será votado se o texto do relator "oficial" for rejeitado em plenário. Texto Anterior: Receita estuda adotar versão simplificada de formulário Próximo Texto: 'TJ Brasil', do SBT, volta a antigo horário Índice |
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