São Paulo, sábado, 2 de setembro de 1995
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Traficante colombiano Orejuela se livra de pena por falta de provas

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Justiça colombiana interrompeu ontem o processo contra Miguel Rodríguez Orejuela, acusado de ser líder dos traficantes do cartel de Cali, por falta de provas.
O processo, o primeiro de uma série de três contra ele, se refere ao tráfico de 150 kg de cocaína para os EUA, descoberto na Costa Rica em 1990. Os juízes planejavam ditar uma sentença contra ele ainda ontem, mas o Código Penal colombiano proíbe a condenação sem "provas contundentes -o que a defesa de Orejuela conseguiu demonstrar não existir.
O presidente da Colômbia, Ernesto Samper, apresentou um plano de combate aos sequestros no país. Apenas neste ano, cerca de 800 pessoas, incluindo 20 estrangeiros, foram sequestradas na Colômbia. Metade continua em cativeiro.
O plano prevê aumento da vigilância para a identificação de grupos de sequestradores e maior efetivo nos ataques aos esconderijos das quadrilhas.
Segundo as autoridades colombianas, os sequestros são realizados tanto por criminosos comuns quanto por grupos de guerrilheiros de esquerda -os objetivos, nesse caso, seriam a manutenção econômica dos militantes, e não pressão política.
A Associação dos Bananeiros de Urabá (noroeste do país) mantêm a greve geral que paralisa cerca de 15 mil trabalhadores, mas disse esperar que medidas decretadas pelo governo possam pôr fim ao protesto.
Os bananeiros pararam na terça-feira, depois de um massacre de 16 trabalhadores e o sequestro de 7 na localidade de Carepa. A greve impediu a Colômbia de exportar 200 mil caixas de banana para os Estados Unidos.

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