São Paulo, domingo, 3 de setembro de 1995
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exorcize a enxaqueca

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Enxaqueca, síndrome composta de dor de cabeça forte, náusea e distúrbio sensorial, pode ser evitada com metisergida.
A droga está no mercado. Caiu em desuso nos 70, após pesquisa mal-sucedida. Agora é reabilitada: seu uso é revisto no boletim científico a ser divulgado este mês pela Academia Brasileira de Neurologia.
Na pesquisa dos 70, pacientes tomaram metisergida por mais de 50 meses. As crises sumiram. Mas surgiram fibroses nas membranas que envolvem pulmões e coração. Com a suspensão da droga, o problema foi revertido.
Hoje, tratamento seguro com metisergida exige uso por até cinco meses, com intervalos de um mês. Serve apenas vítimas de enxaquecas "primária' e "com salvas". A primária atinge mais mulheres e causa dor pulsátil na metade da cabeça ou dos dois lados, náuseas, vômito, intolerância a luz e barulho. A cefaléia com salvas "pega" mais homens. Surge de repente, dura 15, 20 minutos. É uma dor intensa na região frontal (olho incluído), com queda da pálpebra e lacrimejamento. As crises vêm numa mesma fase do ano (estariam ligadas à intensidade de luz). A pessoa pode passar três meses com dor.
H.H.

fonte: Suzanmeire Minatti Hannuch, neurologista com mestrado e doutorado em cefaléia; coordenadora do grupo de trabalho de dor e cefaléia Academia Brasileira de Neurologia

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