São Paulo, domingo, 3 de setembro de 1995
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Inadimplência exige cautela nos negócios

Sistemas de informações sobre crédito reduzem riscos

SIMONE GALIB
DA REPORTAGEM LOCAL

Em tempo de crédito apertado e inadimplência (atraso nos pagamentos), mais vale prevenir do que remediar. A cautela maior do mercado tem explicação.
Pesquisa do Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo) mostra que em julho 67% das micro e pequenas indústrias recebiam títulos com atraso. Em consequência, 56% estavam atrasando pagamentos.
O empresário -seja micro, pequeno ou grande- conta com vários serviços que minimizam os riscos de uma transação comercial.
Os sistemas de informações sobre cheques, cadastros e idoneidade de pessoas físicas e jurídicas (veja quadro ao lado) se ampliam, tornando-se ferramentas indispensáveis no dia-a-dia dos negócios.
Por meio de micro, fax, telex ou telefone é possível saber, em segundos, a situação comercial de empresas ou clientes com os quais se pretende negociar.
Esses serviços nunca foram tão usados como agora. "Estamos batendo recordes no aumento das consultas", afirma Osvaldo Alvarenga, gerente nacional de atendimento da SCI (Segurança ao Crédito e Informações), cujo banco de dados armazena informações de 2,1 milhões de empresas no país.
Em julho, os computadores da SCI registraram mais de 500 mil consultas, o que significa 59% a mais em relação a julho de 1994 e um recorde em 21 anos.
Na Associação Comercial de São Paulo -23 mil sócios na capital- a situação não é diferente.
"As nossas consultas crescem diariamente. O número só não é maior porque algumas empresas estão atendendo aos clientes costumeiros", diz João Martinez Vargas, gerente de expansão social.
Entre os benefícios oferecidos aos associados, o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) e o Telecheque são os mais utilizados. Respondem por mais de 2,5 milhões de consultas/mês.
"Enfrentamos problemas com pagamentos. Para um cliente novo, a abertura de crédito só ocorre após dois dias de pesquisa", diz Elias Argemiro de Souza, assistente-administrativo da De Meo, uma rede de lojas de ferramentas e ferragens, com cem anos de mercado.
A empresa, que há dez anos utiliza o SCPP e o Telecheque, não abre mão desses serviços.

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