São Paulo, domingo, 3 de setembro de 1995
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Embaixadas abasteceram mercado até 90

DA REPORTAGEM LOCAL

Quem já era consumidor de importados antes de 1990 só tem elogios à reabertura do mercado.
O empresário Ricardo Castelhano, 23, lembra que em 84 sua família comprou da embaixada alemã um Mercedes 500 SL, ano 82.
"Correr atrás de modelos usados por meio de embaixadas era a única alternativa. Paguei US$ 300 mil pelo carro", diz o empresário.
"Com a abertura de mercado, hoje o mesmo 500 SL com dois anos de uso custa metade do preço. E basta ir a uma concessionária para comprá-lo."
Hoje, ele tem uma Ferrari 348 TS e um Alfa Romeo 164 24V.
Para o publicitário Nelson Biondi, 52, o consumidor de carros nacionais também lucrou.
"Modelos nacionais com tecnologia de importados, como o Omega e o novo Gol, provam a evolução experimentada pela indústria brasileira depois da reabertura."
Biondi é outro freguês antigo de importados. Antes mesmo da reabertura, marcas como Jaguar e BMW passaram por sua garagem.
Assim como Ricardo Castelhano, ele recorria às embaixadas para comprar modelos usados.
Biondi comprou dois Mitsubishi, um esportivo Eclipse e um jipão Pajero, logo que o país reabriu suas fronteiras.
O Pajero continua com o publicitário, que agora tem também um aristocrático Jaguar XJ6.
O vereador de São Paulo Roberto Tripoli (PV) comprou um Lada Niva em 91 e o mantém até hoje. Ele é favorável à abertura do mercado mas critica as constantes mudanças das regras para o setor.
"Por causa disso, muitas concessionárias Lada fecharam e é quase impossível encontrar peças de reposição", reclama.

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