São Paulo, segunda-feira, 4 de setembro de 1995
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Hyundai terá fábrica em SP

CLÓVIS ROSSI
DA REPORTAGEM LOCAL

São Paulo perdeu a fábrica de caminhões da Volkswagen para o Rio de Janeiro, mas, em contrapartida, vai ganhar uma fábrica de automóveis coreana, a Hyundai.
"A Hyundai vai se instalar em alguma cidade do Estado de São Paulo", diz o chanceler sul-coreano, Gong Ro-Myung, que esteve nesta semana no Brasil e não trouxe apenas críticas à imposição de cotas para veículos.
A Hyundai tem planos para ingressar no seleto clube dos dez maiores fabricantes de veículos do mundo. No Brasil, produzirá cerca de 35 mil veículos por ano.
Outra montadora sul-coreana, a Kia, também vai se instalar no Brasil, mas com uma meta de produção mais modesta (15 mil).
Na área siderúrgica, virá uma das maiores empresas sul-coreanas, com investimento de US$ 100 milhões no Espírito Santo.
"As empresas coreanas estão voltando suas atenções para a América Latina", explica Ro-Myung.
Outro tópico da conversa com FHC foi sobre a reforma da ONU (Organização das Nações Unidas), tema que o presidente brasileiro trata com frequência.
"A reforma da ONU é inevitável, para enfrentar os novos desafios", acha o chanceler coreano.
Mas ele é mais reticente no que se refere ao Conselho de Segurança, o coração da ONU, no qual o Brasil postula uma vaga de membro permanente.
Ro-Myung concorda que os novos membros do conselho devem ser escolhidos conforme critérios regionais, mas entende que pode haver duas categorias de membros.
Uma com direito a veto, como hoje ocorre com EUA, China, Rússia, França e Reino Unido, e outra sem tal direito.

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