São Paulo, segunda-feira, 4 de setembro de 1995 |
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Ano 2000 terá déficit de 11 milhões de casas
SHIRLEY EMERICK
Esses números constam de relatório elaborado pela Secretaria de Política Urbana do Ministério do Planejamento e pela Fundação João Pinheiro, de Belo Horizonte. O estudo tem como base números de domicílios particulares permanentes recenseados em 1991. O incremento de moradias rurais nos próximos cinco anos deve ser reduzido por causa da demanda urbana. Isso significa que o déficit habitacional rural pode acabar nos próximos anos, embora alguns Estados problemáticos, como Maranhão e Piauí, continuarão a apresentar algum déficit. Atualmente só o Maranhão registra 26,5% da demanda rural nacional. A demanda urbana vai estar concentrada no Sudeste, seguida do Nordeste. No Sudeste, a carência de moradia urbana no ano 2000 será de 44% do total. A Grande São Paulo deverá estar em pior situação entre as regiões metropolitanas. A carência prevista será de 10% do total. O Rio vem, em seguida, com 5%. Até 1991, segundo o relatório, o déficit habitacional calculado no Brasil era de 4.988.371 unidades. A carência de moradias na área urbana representava 67% desse total e a região Nordeste era a de maior demanda de habitação na área rural -déficit de 1.148.991 casas. Os estudos do ministério mostram também que a estrutura domiciliar difere significativamente as regiões Sudeste e Nordeste. No Sudeste, a principal característica das moradias é a coabitação familiar, onde pode-se identificar duas ou três famílias em um domicílio. Já no Nordeste, é significativa a presença de domicílios rústicos e improvisados. "Esses expressam, de fato, as condições mais precárias e socialmente inaceitáveis de habitação", informa o relatório. Atualmente, a habitação precária rural representa 22% de todo o déficit habitacional e a precária urbana 15%. Texto Anterior: 'Agora as pessoas xingam de casa' Próximo Texto: 6 milhões de imóveis estão alugados Índice |
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