São Paulo, segunda-feira, 4 de setembro de 1995 |
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'Minha vida vale menos que uma bala', diz sequestrador
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FEIRA DE SANTANA (BA) O sequestrador Leonardo Rodrigues Pareja, 21, disse que começou a praticar assaltos aos 15 anos."Meus pais são de classe média alta, mas entrei no crime por aventura", afirmou Pareja. Em entrevista à rádio Subaé (AM), de Feira de Santana, Leonardo Pareja disse ainda que participou de assaltos em Indaiatuba (GO) e Minas Gerais, onde chegou a atirar nas pernas de um policial. Pareja afirmou que nunca mais será reintegrado à sociedade. "Acredito muito em Deus, mas acho que meu caso não tem mais solução." Técnico em computação (programador), Pareja tem noções de inglês, espanhol e, na infância, aprendeu a tocar piano. A seguir, trechos da entrevista do sequestrador. Pergunta - Quais são as suas condições para soltar Fernanda? Pareja -Não aceito ser perseguido em momento algum. Pergunta - Mas a polícia já disse que não vai persegui-lo? Pareja -Não confio na Polícia. Pergunta - Você já definiu um horário para deixar o hotel? Pareja -Vou sair à noite, porque neste horário todos os gatos são pardos. Tenho experiência em crimes e sei que a noite torna-se mais difícil o trabalho da polícia. Pergunta - O que você tem a dizer à polícia? Pareja -Já disse que a polícia não vai ter uma segunda chance. Não tenho medo da morte. Pergunta - Você acredita nas possibilidades de sair daqui? Pareja -Aqui, tenho 1% de chance. Depois que sair daqui, minhas chances de escapar são de 50%. E aí, acredito mais em mim. O que a polícia precisa entender é que minha vida vale menos do que uma bala de revólver, que custa R$ 2,50. Texto Anterior: Comerciante quis ser deputado Próximo Texto: CRONOLOGIA Índice |
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