São Paulo, terça-feira, 5 de setembro de 1995 |
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Expointer fracassa com a crise agrícola
SEBASTIÃO NASCIMENTO
As vendas de animais renderam cerca de R$ 1,7 milhão, valor bem abaixo da expectativa dos organizadores (R$ 3 milhões). Mais acentuada foi a queda na vendas de tratores e colheitadeiras. A Valmet conseguiu vender apenas dez tratores este ano, segundo apurou a Folha, contra 280 máquinas em 94. A situação foi ainda pior no estande da SLC, maior fabricante de colheitadeiras no país. A empresa não conseguiu vender nenhuma unidade durante a feira. Computado o movimento de todas as empresas, houve queda de mais de 70% nas vendas de máquinas e implementos. Em 94, o faturamento foi de R$ 65 milhões. A crise no campo foi apontada como responsável pelo fracasso dos negócios. "Foi uma Expointer atípica. O endividamento dos produtores prejudicou as vendas", diz Jorge Luiz, da New Holland, fábrica de máquinas agrícolas do grupo Fiat. Segundo ele, os bancos têm dinheiro para emprestar ao campo, mas estão dificultando a concessão de crédito. "As exigências são absurdas", diz Luiz. Osvaldo Indarte Silva, da Trajano Silva, diz que sua leiloeira aumentou de 4 para 10 o parcelamento dos leilões para tentar contornar a crise. "Mesmo assim, os resultados não foram satisfatórios". Mais otimista, José Arthur Martins, chefe do Serviço de Exposições de Esteio, elogiava a qualidade dos animais expostos. "Em quantidade e qualidade, a Expointer continua imbatível. A comercialização de animais nunca foi o forte da feira", diz. Próximo Texto: Cresce receita; Reforma tributária; Mais barato; Queda no algodão; Expresso; Rações Índice |
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