São Paulo, terça-feira, 5 de setembro de 1995 |
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Grandes lojas já refazem estoques
MÁRCIA DE CHIARA
Essa é a explicação de parte de empresários para o crescimento das vendas da indústria, exatamente no momento em que os indicadores mostram desaquecimento. "Os consumidores que compraram em 12 meses, após a entrada do Real, já estão terminando de pagar o financiamento e dispostos a contrair novas dívidas", diz Daniel Serrano, diretor da Electrolux. Em agosto, a empresa bateu recorde histórico de vendas, com 75 mil unidades comercializadas, 21% a mais em relação a agosto de 94 e 18% acima de julho de 95. Além disso, com maior volume de dinheiro que entrou na economia por conta da redução do compulsório, a tendência é que o juro baixe e o consumo ganhe fôlego. A Casas Bahia, por exemplo, cortou em dois pontos percentuais os juros, depois que o governo reduziu os compulsórios. Com isso, a rede fechou agosto com alta de 10% nas vendas sobre julho. "Os lojistas estão com menos medo de ter estoque", diz Giovanni Cardoso, gerente da Mallory, que faturou 40% a mais em agosto do que no mesmo mês de 94. Nelson Barrizzelli, economista da USP, diz que, na situação atual, ninguém faz estoque com base nas vendas futuras. "Os lojistas estão comprando mais porque já devem estar vendendo mais." Próximo Texto: Dissídios animam o varejo Índice |
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