São Paulo, terça-feira, 5 de setembro de 1995 |
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Torcedores fazem 'troca de camisa' simbólica
DA SUCURSAL DO RIO Os diretores do anúncio contra a violência no futebol, João Salles, 33, e Andrew Waddington, 25, conseguiram ontem, no Maracanã, unir integrantes de organizadas rivais na mesma arquibancada.A maioria dos torcedores vestiu camisetas brancas, com escudos dos times rivais. O estudante Leonardo Kandler, 18, integrante da Raça Rubro-Negra, usou o escudo do São Paulo. "É uma brincadeira, um gesto pela paz", disse. "O importante é procurar impor a festa nos estádios. Eu usaria, na boa, a camisa do Vasco ou do Botafogo." Anteontem, a Raça exibiu no Maracanã uma faixa de apoio à campanha "Paz no Futebol". O comercial filmado ontem foi criado pela agência de publicidade W/Brasil. No começo, os jogadores e torcedores, na arquibancada, aparecem tristes com a violência. A música, solene, vai tornando-se progressivamente alegre. Os atletas e torcedores são cobertos por uma bandeira branca. A campanha dirigida por Betinho vai receber, no total, R$ 72 mil -a doação do cachê de 18 jogadores que participam do anúncio, mais o de seis que faltaram. Os próximos passos da campanha serão decididos nesta semana em reunião no Rio entre Betinho e o ministro dos Esportes, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Abraço Organizadores de um ato público contra a violência no futebol pretendem reunir cerca de 2.000 pessoas hoje às 13h no Maracanã, para dar um "abraço no estádio". O ato foi convocado por alunos do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, uma instituição da Igreja Batista (evangélica). A manifestação não terá caráter religioso -é aberta a todos. Texto Anterior: Confederação faz bagunça com data do jogo Índice |
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