São Paulo, quinta-feira, 7 de setembro de 1995 |
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Calmon leva 'taça' de boa administração Prêmio foi dado antes da intervenção JOÃO BATISTA NATALI
A premiação partiu da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada). Ela coincidiu com informações, que já circulavam no mercado, de que o banco enfrentava dificuldades -justamente por má administração. A última edição do "Jornal da Abrapp" circula com a foto de um Calmon sorridente entre outros nove premiados por aquela entidade. "A situação dele é agora complicada, mas ele goza de bom conceito e ninguém pode responsabilizá-lo pela crise no Econômico antes que o BC conclua seu levantamento", diz Mizael Matos Vaz. Presidente da Abrapp, Vaz também faz a ressalva de que Calmon recebeu o prêmio, entre outros motivos, por seu empenho na criação da Fundação Ecos, à qual estão hoje filiados cerca de 10 mil funcionários do Econômico. A Ecos ocupava em maio a 43ª posição entre as instituições de previdência fechada pelo número de contribuintes e possuia o 81º patrimônio- R$ 190 milhões- entre os 231 fundos filiados à Abrapp. Uma das curiosidades da premiação está no fato de a Ecos não ser considerada uma fundação de desempenho administrativo exemplar. A Folha apurou que o Ministério da Previdência Social detectou a desobediência a normas de uma resolução do CMN (Conselho Monetário Nacional) que regulamenta a composição dos patrimônios dos fundos de pensão. A instituição havia estourado dois limites estipulados pelo CMN: possuia em seu patrimônio mais de 5% de ações do Banco Econômico ou empresas coligadas e mais de 20% em imóveis, dos quais, aliás, as agências do banco eram inquilinas. Calmon de Sá, por meio de assessores, disse à Folha que não comentaria o episódio. Texto Anterior: BB capta R$ 3 bi em aplicação Próximo Texto: Saudades Índice |
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