São Paulo, quinta-feira, 7 de setembro de 1995
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Termo de comparação

No jantar promovido por Fernando Henrique, no Palácio da Alvorada, para tentar aparar as arestas entre o PSDB e o aliado PFL, houve mais cenas de beligerância do que de amabilidade. Nas conversas bilaterais, as farpas eram ainda mais venenosas.
Os dois principais alvos dos pefelistas eram os ministros tucanos Sérgio Motta (Comunicações) e José Serra (Planejamento) -não por coincidência os dois mais poderosos do governo.
Num rasgo inusitado de gentileza, Serra dirigiu-se ao líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), dizendo que ouvira o presidente ficar dez minutos fazendo muitos elogios a ele.
- Nunca vi ele gostar de alguém como de você -exagerou.
Com a falta de sutileza de sempre, Inocêncio devolveu:
- É inversamente proporcional ao que eu sinto por você.
Depois, falando com FHC, o líder pefelista "suavizou" a carga sobre o ministro do Planejamento:
- Sérgio Motta conseguiu a proeza de ser mais antipático do que o Serra.

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