São Paulo, quinta-feira, 7 de setembro de 1995 |
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Manifestação contra Cavallo reúne 50 mil
DENISE CHRISPIM MARIN
O movimento teve adesão total do setor público argentino e parcial de empresas privadas. Não houve piquetes nem incidentes. A manifestação havia sido convocada como protesto contra o desemprego recorde (de 18,6%) e contra a perda, pelos sindicatos, das verbas federais destinadas às obras de assistência social. A CGT -ligada ao Partido Justicialista, do governo- teve seu poder de mobilização abalado. Não conseguiu contentar as duas outras centrais sindicais, CTA e MTA, e perdeu o apoio. O presidente argentino, Carlos Menem, antecipou-se à manifestação e, logo pela manhã, deu declarações de apoio ao ministro. "Cavallo fica comigo até 1999." O ponto alto da paralisação foi o comício na praça dos Dois Congressos, às 16h. Sob calor de 31º C, a CGT conseguiu reunir os cerca de 50 mil trabalhadores que prometera. Em frente a um painel com os perfis do ex-presidente Juan Domingo Peron e de sua mulher, Evita, o presidente da CGT, Gerardo Martínez, chamou Cavallo de tecnocrata arrogante. A polícia mobilizou 12 mil homens para a patrulha e 1.500 veículos. A própria CGT organizou uma tropa de segurança com 500 de seus militantes para o comício. Garantias O Ministério de Indústria e Comércio Exterior do Japão elevou para US$ 500 milhões a cobertura de crédito que bancos e empresas japonesas poderão se valer para suas operações na Argentina. A quantia reservada para isso era de US$ 100 milhões. O governo argentino registrou superávit na balança comercial (exportações menos importações) de US$ 405 milhões em julho. Texto Anterior: Japão eleva limite de garantia Próximo Texto: Malan prevê exportação recorde Índice |
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