São Paulo, quinta-feira, 7 de setembro de 1995
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Carlão elogia companheiros

SÉRGIO KRASELIS
DO ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE

O capitão Carlão, 30, está distribuindo sorrisos nos treinos da seleção brasileira masculina de vôlei.
Depois de se recuperar da fratura no pé direito, ele joga hoje contra o Chile como se fosse "a primeira vez".
Um dos críticos mais incisivos da equipe, especialmente após a performance no Liga Mundial e no Mundial da Grécia, ambos em 94, o atacante diz que a consciência de grupo faz cada vez mais parte da rotina do time.
A seguir, trechos da entrevista concedida à Folha.
(SK)

Folha - A seleção brasileira está atingindo o que se poderia chamar de "idade da razão"?
Carlão - Acredito que estamos vivendo um processo de amadurecimento ou consciência de grupo.
Estamos todos motivados, com muita determinação para jogar. Isso ficou provado na nossa vitória sobre a Itália, no torneio disputado no mês passado nos Estados Unidos.
Folha - Como assim?
Carlão - Enfrentamos o time titular italiano e provamos que, assim como nós, a Itália também não é imbatível.
Ou seja, hoje em dia a seleção brasileira tem condições de jogar tão bem quanto antes. Basta ter força de vontade.
Folha - Dá para seguir o exemplo italiano de renovação no time?
Carlão - Acho que a renovação faz parte de qualquer grupo. O importante é que todos nós aprendemos que não dá para sobrecarregar este ou aquele jogador, nem exigir a perfeição do atleta.
Por isso, o revezamento proposto pelo Zé Roberto é aceito pelo time. Não tem jogador indispensável na seleção.
Folha - Depois de ficar parado devido à fratura, como está a sua condição física?
Carlão - Me sinto perfeitamente bem, sem nenhum problema físico. estou pronto para jogar.
Folha - Como você analisa o Brasil neste Campeonato Sul-Americano?
Carlão - Nosso jogo mais difícil vai ser contra os argentinos. Sem querer desprezar, não conheço o time chileno, ao contrário da Venezuela. Mas quando os adversários jogam contra nós eles crescem de produção.

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