São Paulo, quinta-feira, 7 de setembro de 1995 |
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AUGE
SYLVIA PLATH A mulher está perfeita./ Morto,/ Seu corpo mostra um sorriso de satisfação./ A ilusão de uma necessidade grega/ Flui pelas dobras de sua toga,/ Nus, seus pés/ Parecem nos dizer:/ Fomos tão longe, é o fim.Cada criança morta, uma serpente branca/ Em volta de cada/ Vasilha de leite, agora vazia./ Ela abraçou/ Todas em seu seio como pétalas/ De uma rosa que se fecha quando o jardim/ Se espessa e odores sangram/ Da garganta profunda e doce de uma flor noturna./ A lua não tem nada que estar triste,/ Espiando tudo de seu capuz de osso./ Ela já está acostumada a isso/ Seu lado negro avança e draga. Poema da escritora Sylvia Plath extraído do livro "Poemas" (ed. Iluminuras, 143 págs., tradução de Rodrigo Garcia Lopes e Maurício Arruda Mendonça Texto Anterior: Quem foi Sylvia Plath Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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