São Paulo, sexta-feira, 8 de setembro de 1995
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REI LEVOU DINHEIRO DO BANCO DO BRASIL

Quando a família real portuguesa veio morar no Brasil, em 1808, o rei Dom João 6º precisou tomar algumas providências para que a colônia ficasse mais moderna.
Por isso, entre outras coisas, o rei construiu uma biblioteca, abriu os portos às nações amigas e criou o Banco do Brasil.
A abertura dos portos significava que o Brasil podia vender e comprar produtos de diversos lugares e não apenas de Portugal.
Com isso, moedas diferentes iam começar a circular pela colônia. Assim, era necessário que o país tivesse um banco para, por exemplo, trocar moeda estrangeira.
Mas o começo da história do banco não foi muito feliz. Os brasileiros e portugueses que moravam aqui demoraram para aplicar dinheiro no banco.
Como a existência de um banco era novidade na colônia, talvez as pessoas preferissem investir o dinheiro na compra de escravos, terras e mercadorias.
Dos quatro diretores que o banco teve, três pediram dinheiro emprestado. Depois, para não pagar o que deviam, se declararam falidos.
Um dos tesoureiros roubou o banco e fugiu para os Estados Unidos levando consigo um dinheirão.
Quando D. João 6º voltou para Lisboa, em abril de 1821, levou no porão do seu navio todo o dinheiro que havia no banco.
As pessoas que tinham guardado dinheiro no Banco do Brasil ficaram sem nada. O banco acabou fechando em 1829.
Um novo Banco do Brasil só foi criado em julho de 1851 e é o que existe até hoje.

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