São Paulo, sábado, 9 de setembro de 1995
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Programas econômicos sempre provocam desemprego, diz Malan

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse ontem que todo programa de estabilização provoca desemprego e que no Brasil não haveria exceção à regra. Mas, afirmou que ainda é cedo para avaliar o efeito do Plano Real nos níveis de emprego e desemprego do país.
Malan fez esta afirmação ao responder um questionamento ontem, em entrevista coletiva, sobre o aumento do desemprego nos países que passaram recentemente por planos de estabilização semelhantes ao adotado no Brasil.
Na Argentina, por exemplo, as taxas de desemprego saltaram de 8% para 18% depois do programa.
"Todo programa de estabilização tem custos e a tarefa do governo é fazer com que estes custos tenham curta duração e não sejam excessivos", afirmou.
Malan ressaltou ainda que seria "ingenuidade" imaginar o país passar de uma inflação anual de 5.000% -junho/93 a junho/94- para pouco mais de 20% projetados para este ano "de forma indolor e sem necessidade de ajustes".
Cauteloso, o ministro não quis fazer previsões sobre o comportamento da taxa de desemprego e emprego nos próximos meses. "Economia não é uma ciência exata e tudo depende da capacidade de o país se adaptar aos ajustes que estão sendo feitos".

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