São Paulo, sábado, 9 de setembro de 1995
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Schumacher 'veta' ida de Barrichello para Ferrari

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
ENVIADO ESPECIAL A MONZA

"Ele não sabe acertar carros e não está acostumado ao ritmo de uma grande equipe."
Foi assim que Michael Schumacher explicou porque não quer Rubens Barrichello como companheiro de equipe na Ferrari, em 1996.
A frase soou mal no autódromo de Monza, onde acontece neste fim-de-semana o GP da Itália (12ª etapa do Mundial).
"Fico feliz. Como ele não conhece meu trabalho e nunca falou com meu engenheiro para saber se sei acertar carros, deve haver outro motivo", disse Barrichello.
Barrichello, na verdade, quis insinuar que Schumacher estaria com receio de enfrentar um segundo piloto competitivo.
A afirmação de Schumacher repercutiu também na Ferrari. Jean Todt, diretor esportivo da escuderia italiana, reagiu. "Quem decide sobre segundo piloto sou eu e a equipe, não Schumacher", disse.
O alemão foi movido pelos boatos de que Barrichello poderia chegar à Ferrari por obra da Fiat. A imagem do piloto interessaria ao braço brasileiro do grupo italiano, que é proprietário da Ferrari.
Durante a semana, Gianni Agnelli, presidente do conglomerado, chegou a apontar Barrichello como seu preferido. O que provocou outra manifestação de Todt -"Agnelli não interfere na Ferrari".
A situação de Barrichello no mercado é complicada. A negociação com a Ferrari requer tempo e Barrichello precisa ser rápido se quiser permanecer na Jordan.
O pai do piloto, o Rubão, que está em Monza, e seu empresário Geraldo Rodrigues, tiveram anteontem uma reunião com a Peugeot, que fornece motores para a Jordan. Ontem, se encontraram com dirigentes ferraristas.

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