São Paulo, sábado, 9 de setembro de 1995
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Sai Ozzy Osbourne e entra... Romário!

MATINAS SUZUKI JR.
EDITOR-EXECUTIVO

Meus amigos, meus inimigos, o belo Pacaembu teria tudo para reabrir seus portões hoje em festa monumental da raça brasileira. Corinthians e Flamengo em campo são duas bandeiras da alma encantadora das esquinas e dos botecos.
Depois dos monstros do rock no Pacaembu, espero que os monstros da bola não estejam de mal com Deus. Sai Overdozzy Osbourne e Alice Cooper, entram Romário e Edmundo. Alguma diferença?

O Santos trocou o Joãozinho pelo Cabralzinho e deu no que deu. A culpa era do treinador? Era mesmo?

O São Paulo, com Caio e Palhinha, dá sinal de vida. O Vasco, ainda invicto, anda oscilando. A atração do jogo? O duelo dos artistas Juninhos no meio-campo.

A Portuguesa, também invicta, que fez excelente primeiro tempo contra o Vasco, topa com a parada dura da sua chave, o Fluminense, mordido com a arbitragem.
O tricolor não parece flu-xível...

Já disse e repito: o maior inimigo de Daniel Passarella chama-se Daniel Passarella. Até quando sua gestão aguentará sem os cabelos longos de Fernando Redondo e Claudio Caniggia?

Um sorriso interior de ceticismo comentou com meus botões a notícia, divulgada tempos atrás, que dizia que o presidente da Fifa, João Havelange, anteciparia a decisão em torno do país sede da Copa do Mundo do ano 2002.
Pois bem, ontem, Havelange anunciou que o resultado só sairá em 1 de junho de 96. A guerra do futebol entre Japão/Coréia do Sul está tão acirrada que a decisão será dolorosa e, se possível, tardia.

O encontro internacional das mulheres na China fez uma vítima no futebol.
O jogador chinês Hanig Hon Dou não encontrou lugar em nenhum vôo para se apresentar ao Peñarol, do Uruguai.
Tá certo, que, desde que o mundo gira e a Lusitana roda a bola passou a rodar de pé para pé na globalização do futebol. Mas um jogador chinês no futebol bicampeão do mundo e atual detentor da Copa América? Eu só queria entender.

No Paraguai, depois da briga no Defensores del Chaco entre locais e argentinos, a Federação daquele país também estuda como acabar com a violência no esporte apaixonante chamado futebol.
Inclui, na pauta das penas, a perda de pontos para os clubes que têm suas torcidas envolvidas em atos de violência.
Por aqui, ninguém gosta muito de falar nessa questão. Alguém, por exemplo, diante do Pacaembu em chamas, se lembrou de anular a final da Copinha mandrake, este carnaval de meio-de-ano que a Prefeitura demagogicamente inventou?

O mau futebol também incentiva a violência, pois desestimula a atenção no jogo. Esta é a responsabilidade de técnicos e jogadores. Já a má arbitragem é, em si, um convite à violência dos jogadores e da torcida. Também precisa ser atacada.

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