São Paulo, domingo, 10 de setembro de 1995
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Usiminas foi a primeira estatal vendida

DA SUCURSAL DO RIO

O programa de privatização do governo federal foi criado em 12 de abril de 1990, no governo Collor, com a aprovação da lei 8.031. Mas a primeira venda só se efetivaria 18 meses depois, em 24 de outubro de 1991, com o leilão da siderúrgica Usiminas.
Nos dois últimos meses de 91 o governo conseguiu vender mais três empresas, arrecadando, com as quatro, US$ 2,1 bilhões.
Neste valor e nos que se seguem estão incluídos os preços obtidos em leilões e mais as parcelas vendidas em outras etapas, como ofertas a empregados, em diferentes datas.
Em 1992 foram vendidas 14 participações estatais em capitais de empresas, a maior quantidade de privatizações em um só ano até agora, com arrecadação de US$ 2,48 bilhões.
Apesar do freio na velocidade das vendas verificado no governo do ex-presidente Itamar Franco, foi sob sua gestão, em 1993, que se obteve o maior volume anual de dinheiro com privatizações até agora -US$ 3,03 bilhões.
Foram vendidas seis empresas, incluindo a Companhia Siderúrgica Nacional, cujo leilão deveria ter ocorrido em dezembro de 92 mas só aconteceu em abril de 93.
Em 10 de setembro daquele ano, com a venda da Açominas, completou-se a privatização do setor siderúrgico.
Em 94 o programa desacelerou de vez, arrecadando apenas US$ 619,6 milhões, com as vendas de nove empresas, sendo que sete delas eram participações minoritárias no setor petroquímico.
O cronograma feito pela Comissão Nacional de Desestatização em dezembro de 93 previa 32 privatizações no ano seguinte.
Em setembro de 94 o presidente Itamar Franco determinou a suspensão das vendas de 14 petroquímicas para reexame das condições de oferta.
Somente em 15 de agosto de 95 o programa foi retomado nesta área, com a venda da Copene (Companhia Petroquímica do Nordeste.
Um mês antes foi vendida a Escelsa -a primeira do setor elétrico-, outra programada para ser vendida em 94. O total apurado este ano até agora é de US$ 639,5 milhões.
O governo anuncia que venderá ainda neste ano a Light, outra do setor elétrico que deveria ter sido privatizada no ano passado. Mas, no mercado, a venda da empresa só é esperada para o primeiro trimestre de 96.

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