São Paulo, domingo, 10 de setembro de 1995
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Setor de cosméticos abre 81.684 vagas

MARIA SANDRA GONÇALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto a economia encolhe e demite, o setor de cosméticos não pára de crescer. Alheias à crise, as indústrias ampliam quadros -são 81.684 vagas- e se preparam para bater o faturamento recorde de 94.
Na opinião de João Carlos Basílio da Silva, 51, presidente da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmético), o setor tem "grande agilidade para driblar o desaquecimento da economia".
"As empresas que atuam com estratégia de venda direta estão sempre muito perto do consumidor e não se ressentem da crise."
A Avon também apresenta números expressivos. São 480 mil vendedoras em todos os Estados.
O gerente-regional de vendas, Marcos Tadeu Guimarães, 45, diz que a empresa pretende fechar o ano com 550 mil vendedoras.
"São 70 mil vagas num ramo que não exige experiência, só boa vontade e disposição", ressalta. Um revendedor fatura, em média, de R$ 500 a R$ 1.000 por mês.
Vender cosméticos pode ser uma boa alternativa para quem dispõe de apenas uma parte do dia para se dedicar à atividade.
É o caso de Heleny Gomyde Rebello, 31, que cuida dos filhos pela manhã e só tem a tarde livre. "Quando elas vão para a escola, visito meus clientes". Ela revende produtos da marca Frais Monde.
Além disso, não se trata mais de uma atividade exclusivamente feminina. Aos poucos, os homens começam a entrar no mercado.
Há dois anos, João Freire de Oliveira, 54, decidiu trabalhar para a Stanley, depois que se aposentou por problemas médicos. "Não queria ficar parado, dependendo só da aposentadoria."

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