São Paulo, domingo, 10 de setembro de 1995
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Mercado de motos está superaquecido

DA REPORTAGEM LOCAL

Fabricantes e revendedores autorizados de motocicletas comemoram a recuperação das vendas no mercado interno -elas devem chegar a 200 mil unidades até o final deste ano.
O resultado, se for confirmado, fica pouco abaixo do recorde do setor, anotado em 1983, quando foram comercializadas 219 mil motos no atacado.
"As vendas, no primeiro semestre de 95, foram 85% maiores em relação ao mesmo período do ano passado", diz Franklin de Mello, 42, gerente-geral da Abraciclo (entidade que reúne Honda, Yamaha, Brandy e Agrale).
"Sem a pressão do índice de nacionalização (obrigava ao uso de peças nacionais), que era de 90% para alguns modelos, conseguimos oferecer novos produtos e remodelar os antigos", diz Mello.
Para o gerente de vendas da Honda, Hélio Verde, 47, outro fator importante para a recuperação são os preços estáveis.
"Estamos há 15 meses mantendo os mesmos preços, sem qualquer reajuste", afirma.
A Honda é a marca mais comercializada no país, principalmente por causa da CG Titan, de 125 centímetros cúbicos (cc).
A Titan é disparada a moto mais vendida -73 mil unidades no primeiro semestre.
Nas revendas Yamaha, os modelos mais procurados são a DT 200 (R$ 4.700), a RDZ 135 (R$ 2.700) e a DT 180 (R$ 3.700).
"Estamos vendendo motos o ano inteiro e não apenas no verão, como muita gente pensa", diz Alexandre Alarcon, da revenda Yamaha Santofeltrin.
A Kahena -indústria nacional- está oferecendo financiamento próprio de oito meses, com juros mensais de 6%.
Em agosto, a marca vendeu 32 motos, número considerado expressivo. A Kahena produz quatro modelos -Turismo, Sport, Custom e Sidecar, todos com motor de 1.600 cc.
"Temos fila de espera, para todas as nossas versões, que chega a 40 dias", afirma Jairo Soares Savastano, diretor da Kahena.
As motos Kahena custam entre R$ 12,6 mil (Turismo) e R$ 16,3 mil (Sidecar).

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