São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 1995
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Quércia diz que Sarney é fraco na base do partido e elogia Paes

CARLOS EDUARDO ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-governador paulista Orestes Quércia quer afastar a idéia de que está agindo em associação com o senador José Sarney (AP) no processo sucessório no PMDB. "O Sarney não é o santo de nossa devoção", disse Quércia.
No entender do ex-governador, o prestígio de Sarney no partido deve-se ao cargo de presidente do Senado exercido pelo ex-presidente da República. "O Sarney tem alguma coisa nas lideranças, mas é fraco na base do PMDB", acha Quércia.
O ex-governador reafirmou o apoio ao deputado federal Paes de Andrade (CE), que até agora é o único candidato à presidência do PMDB. "O Paes é uma pessoa excepcional. A única coisa que falam contra ele é esse negócio de Mombaça", disse Quércia.
Quércia referia-se ao episódio em que, ao assumir interinamente a Presidência da República durante o governo Sarney, Paes lotou com convidados um jato presidencial e visitou sua cidade natal, Mombaça (CE).
Antes de apoiar Paes de Andrade, Quércia tentou viabilizar a candidatura do senador Jáder Barbalho (PA). Jáder foi derrubado por um veto dos governadores peemedebistas.
"Os governadores foram inábeis. Não se faz uma reunião para vetar alguém", criticou Quércia, que não vê como provável o lançamento de outra candidatura para enfrentar o deputado cearense.
Nem mesmo o nome do senador goiano Iris Rezende, que historicamente tem boa relação com o ex-governador paulista, foi avaliado como uma boa solução para assumir a presidência do partido.
Quércia admitiu que há um vazio de lideranças no partido.

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