São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 1995 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Sem-terra libertam reféns em Mato Grosso
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE As cerca de 150 famílias sem-terra que estão acampadas desde a madrugada de segunda-feira na ponte sobre o rio das Mortes, que liga os Estados de Mato Grosso e Goiás, libertaram ontem os dois homens que estavam sendo mantidos como reféns e liberaram parte do tráfego.O acampamento foi montado na ponte para pressionar o assentamento das famílias na fazenda Santo Idelfonso, que fica na região e que foi desapropriada como pagamento de dívida ao Banco do Brasil. Atualmente a fazenda pertence ao BB. O secretário de gabinete do prefeito de Nova Xavantina (629 km de Cuiabá), João Batista Vaz, e o radialista Nei Wellington ficaram detidos pelos sem-terra por mais de 30 horas. Libertados no meio da tarde de ontem, os dois não quiseram conceder entrevista. Os sem-terra assinaram um acordo com o secretário de Segurança Pública do Mato Grosso, Aldemar Guirra. Acordo Eles vão liberar o tráfego na ponte por três horas todos os dias até que o governo encontre uma solução para o problema. Ontem, cerca de 300 carros e 150 caminhões esperaram o fim das negociações para poder atravessar a ponte. O clima ficou tenso no início da tarde porque alguns motoristas irritados com a espera incendiaram pneus velhos e jogaram em direção aos barracos de lona. Mesmo assim, não houve confrontos. Hoje, o governador de Mato Grosso, Dante de Oliveira (PDT), 47, deverá se reunir com o presidente nacional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Brazílio Araújo Neto, e com representantes do Banco do Brasil para discutir o problema dos sem-terra. Texto Anterior: Famílias ficam na Barriguda Próximo Texto: Ruth Cardoso vai a recepção em Paris Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |