São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 1995 |
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Itamar faz parte da comitiva e evita críticas
CLÓVIS ROSSI
Mas, ao contrário do que ocorreu na viagem anterior de FHC à Europa, exatamente a Portugal, onde Itamar é embaixador, o ex-presidente não fez qualquer crítica a seu sucessor. "Há um oceano entre Brasil e Portugal", justificou-se Itamar à Folha, ao chegar ao Hotel Conrad, na sofisticada avenida Louise. A Folha ainda insistiu, lembrando que há fax que supera oceanos, mas Itamar, completamente afônico, desviou a conversa. "Pelo fax, sempre pode haver distorções", disse. Ao lado de June Drummond, sua namorada, o ex-presidente negou-se também a fazer qualquer avaliação sobre a missão brasileira que inicia a visita a Bruxelas, alegando que precisaria antes conversar com Fernando Henrique. Na verdade, Itamar nem precisaria de fax para se informar. Seu antecessor na embaixada em Portugal, José Aparecido de Oliveira, está em Lisboa, vindo do Brasil. Como se trata de um político 24 horas por dia, José Aparecido deixou Itamar informado. O embaixador do Brasil junto à União Européia, Jório Dauster, dá uma explicação diplomática para o convite."É uma mensagem de extraordinária continuidade administrativa", diz Jório. Pode ser. Mas é também uma maneira de cultivar Itamar. Afinal, a UE é formada por 15 países, o Brasil tem embaixadores em todos, mas só o embaixador em Portugal faz parte da comitiva oficial. Texto Anterior: Ruth Cardoso vai a recepção em Paris Próximo Texto: Gafe marca show de Caetano para FHC Índice |
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