São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 1995
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Concessões vão bancar fundo de fiscalização

GABRIELA WOLTHERS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Sérgio Motta (Comunicações) disse ontem que os recursos arrecadados com outorgas de concessões serão utilizados para financiar o órgão regulador que fiscalizará o setor de telecomunicações, rádio e TV.
Segundo ele, estes recursos têm que ser investidos na "modernização" das comunicações e não devem ser transferidos para outras áreas do governo.
"O dinheiro arrecadado deve ser a forma de tornar independente o órgão regulador proposto pelo Congresso", completou. A emenda constitucional já promulgada pelo Congresso diz que deverá ser criado um órgão regulador com o objetivo de fiscalizar as concessões outorgadas.
O ministro não soube precisar quanto deverá ser arrecadado com as outorgas. Mas adiantou que somente a abertura da telefonia celular deve render de R$ 200 milhões a R$ 300 milhões ao governo.
Segundo o decreto enviado ao Congresso, as empresas terão que participar de leilões para obter concessões no setor de telefonia celular -quem pagar o melhor preço, leva.
Motta foi ao Senado entregar os decretos com novos critérios de concessões -os mesmos que ele já havia entregue à Câmara.

PT
Motta, que, por duas semanas, trocou farpas com o PFL, mudou ontem de alvo. Durante seu depoimento no Senado, ele acabou se desentendendo com o senador petista José Eduardo Dutra (SE).
Dutra disse que as explicações do ministro estavam muito "genéricas". "Eu envio decretos, faço explanação e sou chamado de genérico. Isso é brincadeira", disse Motta.

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