São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 1995 |
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Estudante mata a mãe em Porto Alegre
DA AGÊNCIA FOLHA O estudante Fernando César Barbosa Presa, 18, foi preso anteontem em Porto Alegre (RS) sob acusação de matar a mãe, Lígia Barbosa Presa, 57.Segundo a polícia, Fernando afirmou ter cometido o assassinato por se sentir rejeitado pela mãe, que o teria expulsado de casa mais de uma vez, para viver com o namorado, Nei Silvestre Cuba. Fernando disse ainda que a mãe teria dado um ultimato no domingo para que ele saísse de casa, porque Cuba iria morar com ela. Até então, na casa moravam apenas a mãe e o filho. Lígia tinha outros dois filhos, já casados. Segundo a polícia, na manhã de anteontem, Fernando recomeçou a discussão com a mãe e a atacou com um vaso de porcelana, acertando golpes na cabeça. Os golpes provocaram também um corte profundo no pescoço. A Delegacia de Homicídios informou que a perda de sangue por cerca de duas horas pode ter causado a morte de Lígia. O filho não a teria socorrido após a briga. Fernando descreveu o crime com frieza, segundo a polícia. Antes, havia tentado sustentar a tese de que a mãe havia se suicidado. Logo após o crime, Fernando telefonou para os irmãos Júlio e Silvia Barbosa Presa, dizendo que a mãe se suicidara. Segundo o relato de Fernando à polícia, antes que os irmãos chegassem à casa, no centro de Porto Alegre, ele trocou a roupa, manchada de sangue, e colocou os cacos do vaso ao lado do corpo, estendido sobre o tapete da sala. Segundo a polícia, Fernando quis forjar a cena de um suicídio e escondeu as roupas sujas de sangue em um roupeiro. "As evidências da cena do crime forçaram-no a confessar a autoria", disse o inspetor da polícia Ronaldo Frohlich. A morte de Lígia foi comunicada pelos irmãos de Fernando à 1ª DP (Delegacia Policial) por volta das 9h. Segundo a perícia, ela teria morrido por volta das 7h. A 1ª DP encaminhou o caso à Delegacia de Homicídios, que não autuou o estudante em flagrante, mas pediu sua prisão preventiva. Fernando está preso no Presídio Central de Porto Alegre, onde aguarda julgamento da Justiça. O inquérito policial aberto contra Fernando já foi encaminhado à Vara do Júri, que vai julgá-lo por assassinato. A pena máxima para o crime é de 30 anos de prisão. Texto Anterior: Simpósio aborda financiamento para a saúde Próximo Texto: Garoto é suspeito de matar bebê de 25 dias Índice |
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