São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 1995
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Pista do corredor da Nove de Julho afunda

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma das pistas do corredor de ônibus da avenida Nove de Julho afundou ontem às 4h, entre a r. José Maria Lisboa e a al. Franca, nos Jardins (zona oeste de São Paulo).
O corredor ficou totalmente interditado até as 7h30. Os ônibus foram desviados para as faixas normais. Os trólebus foram substituídos por ônibus convencionais.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), houve congestionamento desde o local até a r. Mário Ferraz, próximo à ponte Cidade Jardim.
Às 7h30, o tráfego na pista do sentido bairro-centro foi liberado e o trânsito voltou ao normal.
A outra pista deveria ficar interditada até a madrugada de hoje, segundo a Secretaria Municipal de Vias Públicas. O buraco foi preenchido com argamassa. O trânsito deve estar normal hoje de manhã.
O afundamento foi causado pela galeria fluvial (canalização de um córrego) que corre sob a Nove de Julho. Construída há cerca de 50 anos, ela já não tem estrutura para funcionar numa região urbanizada.
A canalização, em média 5,5 m abaixo do solo, está cercada de terra. As infiltrações nos canos acabam movimentando lentamente essa terra, abrindo buracos sob a pista, que pode afundar.
O buraco aberto ontem tinha 80 cm de profundidade.
A recuperação da galeria começou em 1990, na administração Luiza Erundina, como obra de emergência, entre a r. Major Quedinho e a pça. 14 Bis. De 90 a 92, vários afundamentos semelhantes aconteceram nesse trecho.
O processo de reforma é chamado "não-destrutivo", pois ela é feita sem canteiro externo de obras e sem atrapalhar o trânsito da região.
Segundo o engenheiro Fernando Sampaio, da Secretaria Municipal de Vias Públicas, isso torna a obra mais difícil, demorada e cara.
A atual fase, em oito frentes de trabalho, é feita pela empreiteira Engeform, ao custo de R$ 1,8 milhão. Começou em março de 95 e deve ir até fevereiro de 96.
A canalização será substituída da r. Estados Unidos até a al. Itu, numa extensão de 900 m, dos quais 270 m já estão prontos.
Os canos de concreto, que têm de 80 cm a 1,4 m de diâmetro, estão sendo envolvidos por outros, com de 1,6 m a 2,1 m.

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