São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 1995
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Preço no atacado faz IGP-M cair

DA SUCURSAL DO RIO

A primeira prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) de setembro apontou deflação de 0,34%. Na primeira prévia de agosto a taxa foi de 1,97%.
É a primeira vez que o IGP-M, mesmo numa prévia, apresenta deflação. Após o Real já havia ocorrido queda, mas só no IPA (preços no atacado), um dos componentes do índice geral, sem deixar o IGP-M negativo.
O IGP registrou deflação em março e abril de 86, no Plano Cruzado, quando o IGP-M ainda não existia. Mas a metodologia dos dois é a mesma.
O IPA, que representa 60% do índice, foi o responsável pela baixa na primeira prévia de setembro. Os preços caíram 0,73%, com -2,53% para bens de consumo e +0,30% para bens de produção.
Nos preços ao consumidor (IPC), que representam 30% do índice total, o aumento dos preços foi pequeno: 0,13%. Além dos alimentos (-1,21%), influenciaram a taxa para baixo os preços de vestuário, em razão da antecipação das liquidações de inverno.
O INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), que responde por 10% do IGP-M, ficou em 0,32% na primeira prévia. Material de construção aumentou 0,42%, e mão-de-obra, 0,24%.
O IGP-M é medido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) por encomenda da Andima (entidade do mercado financeiro). O IPC mede a inflação para famílias com renda até 33 salários mínimos no Rio e em São Paulo.
A primeira prévia de setembro comparou os preços médios dos dez últimos dias do mês (21 a 31 de agosto) com a média de 21 de julho a 20 de agosto.
Segundo o diretor do departamento de preços da FGV, Paulo Sidney Cotta, os preços agrícolas estão caindo em razão das boas condições climáticas.
Nos preços do atacado, a queda foi atribuída às medidas de restrição ao consumo.

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