São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 1995 |
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Candidatura Goldman não entusiasma PMDB LUCIO VAZ CARLOS EDUARDO ALVES
Um grupo de deputados de São Paulo, Minas Gerais, Rio, Bahia e Goiás queria lançar um nome de consenso, capaz até de forçar a retirada da candidatura de Paes. O líder do PMDB no Senado, Jáder Barbalho (PA), e o presidente do Senado, José Sarney (AP), mantiveram o apoio a Paes. Orestes Quércia, cujas posições são defendidas por Goldman nos últimos anos, também não se entusiasmou. Sem o aval de Quércia, Goldman tem a lamentar ainda o prejuízo causado pela associação de seu nome ao ex-governador paulista. O senador Pedro Simon (RS), por exemplo, disse que votará em Paes porque Goldman "tem a imagem de Quércia". Os articuladores da candidatura Goldman, os deputados João Almeida, Aloysio Nunes (SP), Armando Costa (MG), Ronaldo Perin (MG) e Moreira Franco (RJ), passaram o dia de ontem fazendo consultas a parlamentares. O senador Iris Rezende (GO), que era o candidato preferido do grupo de deputados, manifestou ontem apoio a Goldman. Já o governador de Goiás, Maguito Vilela, disse que precisa reunir a bancada para tomar uma decisão. Os deputados esperavam o apoio imediato de Vilela e dos outros oito governadores do partido. Foram Vilela e Antonio Britto (RS) que lideraram o veto dos governadores aos nomes de Jáder e Paes, no dia 22 de agosto. Goldman tentaria um encontro com o ex-governador Orestes Quércia (SP) ontem à noite para buscar o apoio à sua candidatura. Anteontem, Quércia descartou a possibilidade de apoiar Goldman. "Já estamos compromissados com Paes de Andrade, e o Goldman, se quisesse ser candidato, deveria ter se lançado antes", disse Quércia. Paes afirmou que a candidatura de Goldman é bem-vinda: "Será na disputa que vamos construir a unidade do partido. Estou acostumado a disputas". As consultas dos deputados sobre a candidatura devem continuar hoje. Se não houver aceitação, poderá surgir um novo candidato. Em reunião na casa do deputado João Almeida (BA), anteontem, foi sugerido o nome da deputada Rita Camata (ES). Texto Anterior: Brizola pressiona PT a aprovar contas Próximo Texto: Motta critica Hargreaves e FHC delega decisão Índice |
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