São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 1995
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Otan prepara ação para plano de paz

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Otan começou ontem a planejar uma eventual ação militar para garantir um plano de paz na Bósnia. Rússia e países muçulmanos estariam incluídos na ação. As tropas teriam missões de monitorar o cessar-fogo e patrulhar fronteiras.
A própria Otan admite, entretanto, que o plano pode não ser posto em prática. "Já fizemos planos semelhantes para retirar os soldados da ONU e para o fracassado acordo Vance-Owen, em 1993, disse um funcionário da Otan à agência "Efe".
Richard Holbrooke, o funcionário dos EUA encarregado de negociar com as partes em guerra na ex-Iugoslávia, se reuniu ontem novamente com o presidente da Sérvia e de Montenegro, Slobodan Milosevic (que negocia em nome dos sérvios da Bósnia). Os sérvios já aceitaram negociar o plano americano de divisão da Bósnia.
O mediador da União Européia, Carl Bildt, pediu o fim da ofensiva croata-muçulmana. O sueco Bildt considerou o cessar-fogo condição básica para a retomada das negociações de paz.
A Itália voltou a exigir mais influência nas decisões da Otan sobre o bombardeio aos sérvios. Os aviões da Otan que atuam na ex-Iugoslávia estão utilizando bases do norte da Itália. A chanceler Susana Agnelli disse que quer "romper com a imagem de que a Itália sempre diz sim".
Nesta semana, Roma negou aos EUA o uso da base de Aviano para os aviões "invisíveis" (à prova de radares) Stealth. O governo da Itália e dos EUA negam, entretanto, que a recusa tenha aberto uma crise entre os dois países.
A Itália quer participar do Grupo de Contato, que hoje conta com EUA, Rússia, Alemanha, Reino Unido e França, mas recusa a condição de observador (junto com Espanha e Canadá).

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