São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 1995 |
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Cidade comemora centenário da Bienal
KATIA CANTON
Bela e idiossincrática, Veneza é senhora exclusiva de um cenário que inclui gondoleiros cantantes, a ponte Rialto, fervilhante de turistas e a inconfundível Piazza de San Marco, com pombos e "brigas" de orquestras ecoando entre os cafés vizinhos. Veneza é tão particular pela sua geografia. São 117 ilhas alinhavadas por 150 canais. São esquinas que se dobram, se entortam e se entrecortam, formando labirintos com percursos tão estreitos quanto belos. Dobrando esquinas e penetrando ruelas, você encontrará uma praça mais exuberante do que outra, da pequena San Giacomo dell'Orio ao animado Campo San Stefano. Carimbadas por fontes e pássaros, há praças especialmente agradáveis aos olhos no panorama noturno. Depois que escritores como Stendhal, Ernest Hemingway e Henry James descreveram a magia de Veneza com genialidade, parecia não restar mais o que de novo se comentar sobre a cidade. Mas há um outro lado dela, interessante e menos óbvio do que esse, deslumbrante e pitoresco das paisagens e construções históricas. No verão, junto com as altas temperaturas e os melhores gelatos (sorvetes) do mundo, a cidade se cobre de exposições de artistas de todos os países e linguagens. Até o dia 15 de outubro deste ano, os turistas têm um motivo para ir a Veneza: o centenário da Bienal de Arte. Para quem não sabe, a Bienal de Veneza, criada em 1895, foi o modelo para todas as exposições internacionais de arte do mundo, incluindo a Bienal de São Paulo e a Documenta de Kassel, na Alemanha. É o evento de arte do século. Texto Anterior: Culinária é carregada de óleo Próximo Texto: Culinária da região é leve Índice |
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