São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 1995
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Tudo ainda acontece em Nova York

DO "LE MONDE"

Também foram rodadas maravilhas absolutas em Nova York, como "Baby Doll", "Hair" e "All That Jazz", comprovando que em Nova York é possível fazer filmes tão hollywoodianos quanto em Hollywood.
E ainda os filmes de tantos outros cineastas -Jim Jarmusch, John Cassavetes, Alan Pakula, Joseph Mankiewicz... Praticamente a obra inteira de Scorsese, a obra integral de Woody Allen, que certo dia ofereceu uma explicação inteiramente prosaica para sua opção de permanecer em Nova York: "Faço meus filmes aqui porque no fim do dia gosto de dormir na minha própria casa".
Spielberg ainda não veio a Nova York, mas a Sony sim. É verdade que a Sony está por toda parte. Especialmente a oeste do Central Park, perto do Lincoln Center, onde um complexo novinho em folha de salas se ergue no lugar dos antigos estúdios da Fox, com uma sala imensa dotada de uma tela gigantesca.
Nova York, portanto, voltou a ser "in". Ela se beneficiou de algumas calamidades que se abateram sobre a Califórnia, particularmente sobre Los Angeles -incêndios, tumultos de rua, inundações, terremotos- e que provocaram a partida em direção à costa leste de vários astros: Eddy Murphy, Tom Cruise, Bruce Willis.
A "Grande Maçã" não é a única a querer disputar a hegemonia de Hollywood. Na Flórida, em Orlando, também está se construindo estúdios de cinema.
Mas, estrelas de cinema podem mudar para outro estado, os cineastas também, as estatísticas podem explodir, mas o mais importante continua sendo saber onde tudo acontece. Por enquanto, pelo menos, acontece em Nova York.

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