São Paulo, sábado, 16 de setembro de 1995
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Humorista Costinha morre aos 72 no Rio

DA SUCURSAL DO RIO; DO BANCO DE DADOS

O comediante Lírio Mário da Costa, o Costinha, 72, morreu às 5h45 de ontem, devido a uma insuficiência respiratória. Ele estava internado no Hospital Pan-Americano, na Tijuca (zona norte) desde o último dia 4.
Segundo informações do hospital, o comediante sofria de DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), conhecida por enfizema pulmonar (leia texto abaixo).
O último trabalho de Costinha na televisão foi na extinta "Escolinha do Professor Raimundo", da TV Globo. Ele fazia o personagem Mazarito, em homenagem aos comediantes Mazzaropi e Oscarito, ao lado de Chico Anysio.
Nascido em 1923, no bairro de Vila Isabel, no Rio, era filho de uma portuguesa e de um palhaço de circo, o Bocó, que ele só foi conhecer anos mais tarde, em um asilo de velhos.
Costinha começou a carreira no teatro em 1941, convidado para atuar na revista musicada "Uma Pulga na Camisola".
Até chegar à televisão, o humorista foi faxineiro, motorista, contra-regra e participou de programas de rádio, onde se apresentava como Mário Costa.
Costinha dizia que a censura aos seus espetáculos, na época do regime militar (1964-1985), aumentava sua popularidade. À época, ele fazia quadros imitando Jânio Quadros, com Silvino Neto, interpretando Juscelino Kubitscheck.
Costinha começou a se destacar com personagens homossexuais nas peças "O Donzelo", "O Exorsexo" e "Veludo, o Costureiro das Dondocas", entre outras.
As viagens para apresentações de shows e peças pelo Brasil eram feitas de ônibus ou de carro. O humorista tinha pavor de avião.
Na TV, participou de programas como "Balança, mas não Cai" e "O Planeta dos Homens".

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