São Paulo, segunda-feira, 18 de setembro de 1995 |
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Gols de Túlio afastam a crise no Botafogo
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE Dois gols de Túlio, uma conversa antes do jogo de anteontem e a vitória por 3 a 2 sobre o Grêmio, em Porto Alegre, bastaram para que o Botafogo superasse a crise interna tornada pública na última quinta-feira.A crise havia sido desencadeada com a insatisfação dos jogadores por causa dos salários - atrasados, segundo eles, há três meses. Piorou com as declarações do meia Sérgio Manoel e do centroavante Túlio, que revelaram sua inimizade. Antes mesmo do jogo de anteontem, Túlio já dizia não querer saber da crise. “O importante é ter a consciência do dever cumprido”, afirmou. Sérgio Manoel, que revelara só se relacionar com o artilheiro Túlio dentro do campo, mostrava a mesma disposição para superação do atrito. “Não quero ser o vilão de crise nenhuma”, disse. No começo do jogo de sábado contra o Grêmio, no entanto, a impressão era de que nada havia sido superado. Em uma falta mal cobrada por Sérgio Manoel, Túlio balançou a cabeça em sinal de desaprovação e ficou olhando para o companheiro. Só com o passar do tempo e com o surgimento dos dois gols de Túlio, acompanhados por uma boa atuação de Sérgio Manoel na armação de jogadas, a afinidade pareceu restaurada. Pelo menos dentro do campo. Depois do jogo, o discurso dos jogadores era o de superação das divergências. “Nós já conversamos. Eu e o Túlio nos respeitamos muito. Nosso objetivo é comum: a conquista do título”, afirmou Sérgio Manoel. “Se nós não temos a mesma afinidade em relação a outras pessoas, isso é comum e não pode impedir que sejamos colegas e mantenhamos um relacionamento bom dentro de campo”, acrescentou o meia. Texto Anterior: O JOGO Próximo Texto: O JOGO Índice |
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